segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A CONVERSA


Finalmente trazemos até vós a nossa conversa com o professor de Aeroespacial do IST

Primeiro que tudo, queremos agradecer a sua grande disponibilidade e caridade em nos receber.
O que vamos escrever aqui é o que nós entendemos de uma disciplina do 3.º ano de Aeroespacial, por isso não podemos garantir que esteja totalmente correcto.

Bem, antes de mais é preciso notar que a trajectória de uma nave para um dado planeta ou corpo celeste é elíptica e varia de acordo com a sua excentricidade, por exemplo:










Neste caso, o círculo azul é a Terra e o vermelho, Marte, e as elipses são duas possíveis trajectórias, sendo a maior mais excêntrica que a mais pequena. A grande diferença entre as duas é a distância, sendo a menos excêntrica a que se encontra mais perto, só que para percorrê-la é também preciso mais potência e, por conseguinte mais combustível. Já na alternativa mais excêntrica, é necessário menos combustível. Um dos grandes problemas da elipse mais excêntrica é o tempo de duração da viagem, visto que quanto mais tempo que os astronautas permanecerem no espaço maior a probabilidade de serem atingidos por uma tempestade solar, para não falar de um maior número de mantimentos e tudo o resto necessário à sua sobrevivência.

Falando agora da velocidade inicial necessária, para colocar uma nave numa trajectória.

Para um projecto destes é aconselhável que o lançamento da nave ocorra de uma órbita não muito alta, da Terra (como por exemplo da estação espacial) com o intuito de evitar as forças dissipativas existentes na atmosfera Terrestre.

É necessário, primeiro que tudo, referir que existe uma fronteira imaginária onde está convencionado que para dentro dessa fronteira só se tem em conta a força atractiva da Terra, e fora dessa barreira, apenas a do Sol. Considera-se que a velocidade nessa barreira é a velocidade infinito (velocidade necessária para que a nave entre na trajectória correcta), que somada com a velocidade da Terra vai dar origem à velocidade com que o projéctil passa essa barreira (Vp, por exemplo) . Basicamente, para calcular a Vinicial temos de calcular a velocidade necessária para a nave entrar na trajectória pretendida, depois disso, calculamos a Vinfinito ( VTerra - Vp) e só depois é que podemos calcular a velocidade com que a nave tem de ser lançada, calculando a energia que esta perde até atingir a barreira.


Aqui está muito resumidamente a nossa conversa com o professor de Aeroespacial. Esperamos que sirva para vos dar umas pequenas luzes sobre o que é necessário para lançar uma nave.

STAY BLUE!!

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